
Vamos lá seja honesto, quantas vezes você se sentiu como se estivesse falando com uma parede em branco quando você ora? Uma das razões porque sentimos assim é porque não estamos ouvindo a nossa própria oração. Estamos apenas balbuciando. Outra razão é por causa da nossa falta de fé. Jesus se irritou com os seus discípulos com a sua falta de fé no episódio do menino possesso por um demônio.
Ele suspira: “Ó geração incrédula, até quando eu vou ficar com você? Quanto tempo devo ocupar-me com você?” Por que ele proferiu estas palavras antes de curar um menino possuído por um demônio? Será que ele não tem compaixão por esta situação tão louca?
A frustração de Jesus não visava o menino nem o seu pai, mas os seus próprios discípulos. Ele tinha acabado de sair de cima da montanha com Pedro, Tiago e João, onde a transfiguração tinha ocorrido, e ao retornar, descobriu que os outros discípulos estavam tentando curar o menino endemoninhado.
Não só eles não tiveram sucesso, mas também entraram em uma discussão com os doutores da lei. Esses malandros não estavam aptos a realizar a tarefa, nem hoje estão.
Só Jesus foi eficaz para isso. E é somente através de seu Espírito que podemos nos engajar em tais argumentos hoje. Em meus próprios legados, vou falhar, tanto quanto você, não importa o quão inteligente que pensamos que somos.
Então, irritado com a falta de fé de seus discípulos, a sua incapacidade de curar o menino e a luta que eles entraram com os mestres da lei, Jesus volta sua atenção para o pai do menino, consulta com ele, e ordena ao espírito mau para sair do menino.
Marcos, e a sua versão do menino possesso
Todos os evangelhos sinóticos contêm este evento, mas a versão de Marcos (Marcos 9. 14-29), fornece mais detalhes. Como os outros exorcismos nos evangelhos, Jesus tem o controle completo dos maus espíritos. Jesus fala e eles obedecem.
Mas o que eu acho particularmente fascinante sobre este evento é o que é gravado depois. Seus discípulos perguntam-lhe em particular por que eles não puderam expulsar o demônio. Jesus explica: “Este tipo só pode sair pela oração.”
Eu posso imaginar que os discípulos tenham gritado com o menino: “sai demônio, sai demônio!” E o demônio apenas riu, enquanto o menino continuou tendo sua apreensão e os mestres da lei reunidos em torno gozava dos discípulos.
Então, como o menino continuou a sofrer, os discípulos estavam engajados em uma batalha de palavras com os mestres da lei. Que cena triste e infeliz. Assim, não dá! Jesus responde com impaciência dirigida a seus discípulos.
Jesus então voltou sua atenção para o pai desesperado do menino que gritou para Jesus por misericórdia e pediu-lhe para “ajudar a minha incredulidade.”
O que estamos descobrindo a partir deste evento é que a oração e a fé são praticamente sinônimos. O ponto é ainda dirigido para dentro de nós, quando lemos a versão de Mateus da história.
Em seguida, os discípulos aproximaram-se de Jesus em particular e perguntaram: “Por que não conseguimos expulsá-lo?” Ele respondeu: “Porque você tem tão pouca fé. Em verdade vos digo que, se tiverdes fé do tamanho de um grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para acolá, e ele passará. Nada será impossível para você.” Mt 17. 19-20
A verdadeira oração é um ato de fé
Observe como Mateus está registrando que Jesus disse que era a sua falta de fé, que os impedia de expulsar o demônio. Um ato de fé verdadeira é uma oração eficaz e poderosa. Deus une-se com a gente. Entramos em Jesus quando oramos. Da mesma forma, a oração é a fé.
A verdadeira oração é um ato de fé, onde descobrimos o nosso relacionamento com Deus e sua vontade para nós. O escritor de Hebreus expressa isso da seguinte maneira: “Ora, a fé é a confiança em que se espera, e a certeza sobre o que nós não vemos.” A oração é falar de fé.
Expressamos a nossa esperança invisível e nosso desejo invisível a Deus. E ele nos responde. Ele esclarece a realidade de si mesmo e sua mão guia a nossa vida através da confiança e segurança.
Os discípulos estavam gritando com o demônio, mas eles não tinham garantia de Deus de que o menino ia ser curado. Eles pensaram que estava em seu poder, mas eles não tinham fé para confirmar isso com o Pai.
Se o tivessem feito, teriam sido fornecidos de confiança e segurança, que a fé que diz: “Eis que eu estou fazendo novas todas as coisas.”
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Por isso, quando oramos, também não devemos pensar que estamos falando para o vazio. Quando falamos, devemos ouvir essa confiança e garantia. Deus está sempre perto e ele está ouvindo as nossas esperanças e sonhos.
Não só Ele quer fazer novas todas as coisas, mas ele quer fazer eu e você novo também.
Artigo traduzido do original em inglês The miracle of the healing of a demon-possessed boy
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