bondade

Bondade e severidade são dois dos atributos comunicáveis que compõe o caráter de Deus. A bondade de Deus é o padrão definitivo de tudo que é bom, que tudo que Deus faz é digno de aprovação (Gn 1. 31; Fp 4. 8).

Quanto a severidade, ela é aplicada de forma  corretiva para remição de um mau comportamento.

Este atributo de Deus zela pela por sua justiça. Leia o que o apóstolo Paulo diz: “considere a bondade e a severidade de Deus: severidade para com aqueles que caíram, mas bondade para com você, desde que permaneça na bondade dele. De outra forma, você também será cortado.” Rm 11. 22

Paulo explica a relação entre judeus e gentios no plano de Deus, recordando aos gentios que Deus rejeitou os judeus pela sua incredulidade, enquanto que os gentios estavam sendo levados a salvação pela fé. “Está certo. Eles, porém, foram cortados devido à incredulidade, e você permanece pela fé. Não se orgulhe, mas tema.” Rm 11. 20.

O que devemos levar em conta aqui, a principio, é o caráter de Deus. Deus é bom, mas é também severo. Deus é bom, mas é também justo. Ele administra e zela por sua justiça. Esses dois lados de Deus aparecem em todo o processo da graça.

Há pessoas que não conseguem entender que o Deus bom, pregado e visto em filmes e ouvido em mensagens e canções, também é um Deus que julga o pecador e até os soldados das suas fileiras, se esse mesmo soldado sair dos caminhos e começar a praticar o mal. Deus é absurdamente bom, mas é justo, severo.

O mundo não compreende Deus

O mundo crê num Deus bom, mas não entende um Deus que julga, que atua rápido contra o pecado. Deus ama o pecador, mas odeia o pecado. Deus ama a fé e a honra, mas abomina a incredulidade.

J.I.Packer, diz em A bondade e severidade de Deus, que as pessoas começam seguir uma forma própria de religião, ao invés de aprender de Deus na própria Palavra que Ele escreveu: A Bíblia. E essa é uma acusação seriíssima que devemos corrigir imediatamente.

A dualidade no caráter de Deus

A dualidade no caráter de Deus gera questionamentos. E J.I Packer nos dá uma possível solução: Devemos tentar levá-las a esquecer o orgulho, e em alguns casos, as idéias erradas sobre as Escrituras que originaram sua atitude, e orientá-las a fundamentar suas convicções daí por diante não em seus sentimentos, mas no que a Bíblia diz. 

Segundo, o fato das pessoas hoje em dia não reconhecerem essa dualidade no caráter de Deus gera algumas perguntas e ele sugere algumas respostas.

1 – A primeira, já exposta, é que as pessoas começam a seguir uma forma particular de religião.

2 – A segunda resposta é que hoje as pessoas consideram todas as religiões iguais ou equivalentes e extraem suas idéias sobre Deus tanto de fontes pagãs como cristãs.

3 – A terceira resposta é que as pessoas deixaram de reconhecer a realidade de sua pecaminosidade. Eu particularmente ainda enxergo que esses problemas, que a igreja tem mal-resolvido passam por alguns pontos a se levar urgentemente em consideração.

Pontos que se deve levar em consideração

1 – A falta de santidade. A Bíblia diz que sem santidade ninguém verá o Senhor (Hb 12. 14). A benção, a salvação, a cura ou qualquer coisa que queiramos, ou precisemos de Deus, não acontecerá se não houver santidade. Santidade é requisito básico para ser abençoado, mas esse discurso tem sumido das nossas igrejas.

2 – A volta de Jesus. Uma certeza que a Bíblia nos dá é que Jesus voltará novamente, para resgatar, arrebatar, isto é, retirar com força, na marra, a sua igreja dessa terra, para que vivamos com Ele eternamente.

Entretanto esse discurso, também tem sumido das nossas igrejas. Perigosamente, não se prega mais a volta de Jesus. Por acaso Jesus não vai voltar mais?

3 – Devemos pregar o Novo Testamento. Vemos muitas igrejas populares, com suas infinitas campanhas, que não estão pregando a verdadeira Palavra e o erro já começa da pregação do Antigo Testamento se estamos no Novo Testamento. 

O VT e o NT são Bíblia e devemos pregar o Evangelho todo. Hoje só podemos pregar o Antigo Testamento, altamente baseado no Novo Testamento, senão for assim estamos errando. Não estamos dando o conselho todo de Deus.

Um problemaço que vejo, ainda na pregação insistente do Antigo Testamento, é que damos a impressão para o povo que o que interessa é o Antigo Testamento, em detrimento claro do Novo Testamento. Se existe um Novo Testamento é porque o Velho Testamento já está vencido. Você entende isso?

03 coisas que devemos levar em consideração a respeito da bondade e severidade de Deus

J.I. Packer conclui dizendo três coisas que segundo ele deveremos levar em consideração a respeito da bondade e da severidade de Deus:

1 – Tenha apreço pala bondade de Deus. Conte suas bênçãos, relembre seus feitos, lembre do bem que ele te fez.

2 – Apreço pela paciência de Deus. Pense como ele o tem tolerado e ainda continua a fazê-lo, quando grande parte de sua vida é indigna dele e você tem merecido realmente sua rejeição.

3 – Apreço pela disciplina de Deus. Ele é quem o sustenta e também a tudo o que o cerca; todas as coisas vêm dele e você tem provado a bondade divina todos os dias de sua vida.

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Essa experiência tem levado você ao arrependimento e à fé em Cristo? Em caso negativo, você está menosprezando a Deus e colocando-se sob a ameaça de sua severidade. Se, porém, como disse Whitefield, ele “põe espinhos em sua cama” é apenas para fazê-lo levantar-se e buscar misericórdia.

Paulo Sérgio Lários

Paulo Sérgio é Presbitero, tecnico de informática e escritor

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Categories: Estudo Bíblico

Juraci Rocha

Juraci Rocha é o editor do site Filhos de Ezequiel. Os escritos de Juraci Rocha são informativos, envolventes, divertidos e desafiadores. É instrutivo ler seus estudos e conhecer seus pontos de vista práticos e profundos sobre o tecido da fé cristã.

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